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Saúde emocional no trabalho: como o RH pode deixar de apagar incêndios e começar a prevenir

Saúde emocional no trabalho: como o RH pode deixar de apagar incêndios e começar a prevenir

Por muitos anos, a saúde emocional no trabalho foi tratada apenas de forma reativa — quando colaboradores já estavam exaustos, adoecidos ou perto de pedir demissão. Mas o cenário mudou: dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que transtornos mentais e comportamentais já são a principal causa de afastamento laboral em diversos países, e que o custo do presenteísmo e do burnout cresce ano após ano.


Segundo a Gallup, colaboradores que sofrem burnout têm 63% mais probabilidade de tirar um dia de afastamento, evidenciando como o desgaste emocional impacta diretamente a presença e a produtividade no trabalho.


Já relatórios da Deloitte e da Organização Mundial da Saúde apontam que, para cada dólar investido em programas de prevenção e suporte à saúde mental, o retorno pode chegar a US$ 4 em ganhos de produtividade e redução de custos com absenteísmo.


Neste conteúdo, você vai entender por que o modelo emergencial não funciona mais e como o RH pode liderar uma transformação preventiva, criando ambientes de trabalho que cuidam das pessoas antes que os problemas se tornem crises.

 

O que é saúde emocional no trabalho?


Saúde emocional é a capacidade de lidar com pressões, manter equilíbrio, sentir propósito e desenvolver relações saudáveis no ambiente corporativo.

Ela não é apenas ausência de doença: é um estado de bem-estar que sustenta engajamento, criatividade e desempenho.


A OMS define saúde mental no trabalho como:


“Um estado de bem-estar em que o indivíduo reconhece suas capacidades, consegue lidar com as tensões normais da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a comunidade.”

 

Por que apagar incêndios não funciona mais


Empresas que só atuam quando há crises enfrentam desafios como:


  • Turnover elevado e custos crescentes com desligamentos

  • Afastamentos prolongados por transtornos mentais

  • Queda de produtividade e presenteísmo crônico

  • Impacto negativo na reputação e na marca empregadora


Segundo o relatório State of the Global Workplace 2023, da Gallup, 44% dos trabalhadores relataram sentir níveis elevados de estresse diário, o maior índice já registrado pela pesquisa desde seu início.


Ambientes que ignoram sinais precoces ou não adotam estratégias preventivas acabam acumulando custos mais altos com absenteísmo, perda de produtividade e suporte emergencial, além de oferecerem uma resposta menos eficaz ao problema.


O custo da saúde emocional negligenciada


Veja alguns dados que mostram a dimensão do problema:


  • O presenteísmo custa, em média, 34% do salário anual por colaborador, segundo a Gallup.


  • A Gallup também aponta que profissionais que vivenciam burnout têm 2,6 vezes mais probabilidade de estar buscando outro emprego, o que eleva significativamente a rotatividade.


  • Cada afastamento por transtorno mental pode durar até três vezes mais do que licenças por questões físicas, conforme dados da Organização Internacional do Trabalho.


Esses números deixam claro que investir em prevenção não é apenas uma responsabilidade social: é uma estratégia financeira inteligente.


Da reação à prevenção: como o RH pode liderar a mudança


Para transformar o cuidado emocional em prática diária, o RH precisa evoluir de ações pontuais para uma cultura estruturada de prevenção. Aqui estão algumas estratégias:


1. Desenvolver líderes emocionalmente disponíveis


A Deloitte Insights destaca que líderes que investem em escuta ativa e gestão emocional têm impacto evidente na construção de ambientes de confiança e engajamento.


Prática recomendada: oferecer treinamentos focados em saúde mental, empatia e comunicação não violenta.


2. Criar programas de apoio psicológico contínuo


Em vez de apenas indicar terapeutas em casos críticos, empresas inovadoras oferecem:


  • Atendimento psicológico preventivo

  • Grupos de apoio e rodas de conversa

  • Plataformas de bem-estar com acesso 24/7


3. Monitorar indicadores de risco


Não basta aplicar pesquisas anuais. É preciso acompanhar:


  • Taxas de absenteísmo e presenteísmo

  • Solicitações de apoio emocional

  • Feedbacks espontâneos sobre sobrecarga


4. Reduzir estressores organizacionais


O ambiente pode ser um gatilho. Exemplos:


  • Demandas excessivas sem clareza de prioridade

  • Falta de autonomia

  • Cultura de sobrecarga como “normal”


O RH deve atuar junto às lideranças para revisar processos e remover fontes de estresse evitáveis.


5. Valorizar a segurança psicológica


Ambientes em que as pessoas têm medo de errar ou de pedir ajuda elevam o risco de adoecimento.


Segundo a Harvard Business Review, segurança psicológica é um dos principais fatores que determinam engajamento e inovação sustentável.


Métricas para acompanhar resultados


Para medir a evolução da saúde emocional, acompanhe:


  • Índice de absenteísmo por saúde mental

  • Taxa de uso de programas de apoio emocional

  • NPS interno sobre qualidade de vida

  • Taxa de rotatividade voluntária


Monitorar esses indicadores ajuda a tomar decisões baseadas em dados, e não só em percepções.


A saúde emocional é o alicerce de qualquer cultura que deseja ser produtiva e humana ao mesmo tempo. Empresas que saem do modo reativo e apostam na prevenção transformam não apenas resultados, mas a vida de quem faz parte da jornada.


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