Sinistralidade sob controle: o que empresas inteligentes estão fazendo antes da renovação do plano
- Boon Comunica
- 28 de jun.
- 3 min de leitura

Quando chega o período de renovação do plano de saúde, muitas empresas vivem o mesmo roteiro: surpresas com reajustes altos, dificuldades para negociar coberturas e justificativas que parecem inevitáveis.
Mas a verdade é que os reajustes não acontecem por acaso. A sinistralidade — que representa a relação entre o custo dos serviços utilizados e o valor pago pelas empresas — é construída mês a mês.
E empresas inteligentes entenderam que o segredo está em atuar antes, com dados, prevenção e gestão ativa da saúde dos colaboradores.
Se você quer sair da postura reativa e assumir o controle, este artigo é para você.
O que é sinistralidade e por que ela pesa tanto?
De forma simples, a sinistralidade é o indicador que mostra quanto o seu contrato gastou em relação ao que foi pago à operadora.
Por exemplo:
Se a sua empresa paga R$ 1 milhão por ano em mensalidades e seus colaboradores utilizaram R$ 800 mil em procedimentos, a sinistralidade foi de 80%.
O problema é que, se esse índice sobe muito, seu reajuste também sobe. Além disso, pode trazer restrições, carências e encarecer o benefício no longo prazo.
Por que esperar pela renovação pode custar caro?
O erro mais comum das empresas é agir só no momento da renovação.
Nesse ponto, pouca coisa pode ser feita além de tentar negociar. Já empresas que trabalham a gestão de saúde durante todo o ano conseguem:
Antecipar riscos
Reduzir custos evitáveis
Apoiar colaboradores com doenças crônicas
Negociar de forma muito mais estratégica
O que empresas inteligentes fazem antes da renovação do plano?
1. Monitoram indicadores de sinistralidade ao longo do ano
Empresas proativas acompanham mensalmente:
Custos por tipo de utilização (consultas, pronto-socorro, internações)
Perfil dos principais usuários
Tendências de uso por faixa etária e região
Esse monitoramento permite criar ações direcionadas e evitar picos.
2. Investem em programas de saúde preventiva
Os dados mostram que cerca de 80% dos custos em saúde vêm de condições controláveis, como hipertensão, diabetes e obesidade.
Por isso, empresas de alta performance criam:
Jornadas de cuidado personalizado para crônicos
Campanhas de prevenção e vacinação
Incentivos à prática de atividade física e alimentação saudável
3. Educam colaboradores sobre uso consciente
A forma como colaboradores utilizam o plano também impacta custos. Por isso, empresas engajadas investem em:
Educação sobre uso do pronto-socorro apenas quando necessário
Incentivo ao cuidado primário com médicos de família e telemedicina
Orientação sobre exames e medicamentos
4. Constroem relacionamento com a operadora o ano inteiro
Negociar só na renovação é ineficaz. Empresas inteligentes:
Compartilham resultados de programas preventivos
Alinham expectativas com a operadora com antecedência
Criam planos de ação conjuntos
5. Usam dados de saúde como argumento estratégico
Na hora da renovação, ter indicadores claros permite negociar de outra forma:
Mostrar queda de sinistralidade em determinadas linhas de cuidado
Justificar investimentos em programas que geraram economia
Solicitar condições diferenciadas baseadas em dados
Por que antecipar a gestão da sinistralidade é estratégico?
Empresas que se planejam colhem benefícios em várias frentes:
Redução real dos custos de saúde
Reajustes mais controlados e previsíveis
Melhor experiência dos colaboradores com o plano
Mais segurança financeira e competitividade
Mais que economia, estamos falando de um ecossistema sustentável de cuidado.
Se você quer evitar surpresas e transformar o plano de saúde em uma vantagem estratégica, o momento de agir é agora.
Afinal, a sinistralidade se constrói todos os dias — e o controle também.
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